quarta-feira, 3 de maio de 2017

“Educar para a Responsabilidade”

“A Difícil Tarefa de Educar” título de um livro em pedagogia ultrapassa seu próprio significado e nos faz companhia cotidianamente. Seja em casa, na escola ou até mesmo no consultório de psicologia esse apelo ao que o outro deve vir a ser, é, de fato, desafio e oportunidade.
Desafio porque em cada momento uma nova situação da própria vida se impõe, ou um novo conhecimento se adquire, ou uma superação se estabelece, exigindo do homem um novo posicionamento ou uma nova resposta. Essa imperiosa resposta à vida, tecida no cotidiano, surge sem nos dar tempo para pesquisar ou consultar qual seria a melhor ou a mais adequada, mas muitas vezes, a única resposta, a possível. Seres imperfeitos, sem programação da espécie para formação do caráter, cada um de nós vai buscando um caminho para educar quem amamos.
Adquirir Informação na escola, educação em família, educação diante da vida e amadurecer, são ritmos peculiares à pessoa humana. Muito diferente de condicionamentos ou destrezas, para cada conhecimento ou para cada habilidade adquirida, um valor, implícito e invisível, pulsa acompanhando o que foi adquirido. Alguém pode tentar ganhar o mundo do conhecimento ou da ciência e ainda assim, perder-se na educação ou na formação de si mesmo como pessoa humana.  Um para quê surge, e nossa consciência não consegue ficar indiferente ou morna.
Esse pulso da educação significa a aquisição de um “novo” e diante de um “novo” a emergência de uma resposta diante de mim mesmo e diante do outro. Um processo de identidade vai se configurando, ou seja, vai dando forma a um ser, o ser professora, o ser pai e mãe, o ser pessoa. Por isso é tão angustiante educar, é rua de mão única, “vai e volta”, ao mesmo tempo, que se educa a um filho ou a um aluno, há o pressuposto de uma autoeducação ou um desvelar de si mesmo, e claro todos queremos acertar, ou pelo menos deveríamos querer!!!
Também  oportunidade na medida em que vivendo e respondendo à vida, o ser humano tem chance de descobrir um sentido mais profundo para sua existência, uma tarefa  a ser realizada, um plano, que intui para si mesmo e que deve ser cumprido, uma única, singular e original resposta diante de um Tu.
“Mortalha não tem bolso” diz um ditado africano significando que daqui, desse mundo, nada podemos levar materialmente, mas imaginem se pudéssemos nos despedir com os bolsos cheios de tarefas difíceis, desafiadoras, mas bem cumpridas!
É por isso que os convido a participar do II Congresso Internacional de Logoterapia Aplicada À Educação: “Educar para a Responsabilidade” para pensarmos e repensarmos sobre educação e nossa prática  cotidiana .

Roseana Barone Marx
Presidente do II Congresso de Logoterapia aplicada à Educação